Para o terror dos pais o Terrible Two não é Fake News
Mas o que é isso afinal?
Sabe aquela criança que se joga no chão do mercado ou do shopping? Provavelmente tem dois anos…
É a “adolescência do bebê” onde tudo é intensificado e potencializado.
Um bebê carinhoso, fofo e risonho se torna chorão, desobediente, pirracento. Normalmente, começa com 1 ano e meio e pode ir até os 3 anos de idade, os pequenos entram em uma fase de mais birra, mais desobediência, e muito mais choro, mas não é uma regra algumas crianças não demonstram mudanças tão notáveis nessa etapa.
A fase de transição, onde a criança está se desenvolvendo fisicamente de forma muito acelerada se há algum tempo ela só andava cambaleando, hoje ela consegue correr, pular e escalar, mas grande conflito disso é que o seu emocional ainda não acompanha, não está tão evoluído quanto o físico, isso faz com que ela não saiba lidar com as coisas que sente, a raiva é a maior raiva do mundo, a tristeza é a mais profunda, tudo é potencializado e por isso que que é chamada de “adolescência do bebê”.
Ou seja, essa fase não acontece por falta de educar, não são pais ruins, é só uma fase do desenvolvimento que passa, então respire fundo, mantenha a calma e paciência que vai dar certo.
Como lidar?
É muito difícil manter a calma e ignorar uma birra excessiva, mas é a solução.
Tentar gritar junto, colocar de castigo, ameaçar, não vai adiantar enquanto a criança não sair desse momento de crise e pirraça. Assim que ela parar de chorar, gritar ou se debater é a hora de agir, mostrar a insatisfação com as atitudes e explicar com paciência que não é certo. Não vai ser uma única conversa, infelizmente um bebê dessa idade não consegue entender de uma vez que não é não, precisa de repetição.
Você pode tirar a criança do ambiente, se abaixar, olhar nos olhos, segurar as suas duas mãos e dizer algo como “Filho (a), ficamos muito tristes com o que você fez, não foi bonito, a gente te ama muito e não gostamos disso, não faça de novo por favor.” Especialistas dizem que é importante misturar palavras de carinho na hora de advertir o bebê, se a forma de se expressar for só negativa e desagradável a criança pode ficar triste ou com raiva e a educação não será efetiva com esse sentimento presente nela.
Importante ressaltar que a criança na fase Terrible Two ainda é uma criança. É muito válido tentar entender que pra aquela criança pequenininha o problema aparentemente bobo é muito relevante e a afeta muito, não é coerente exigir uma grande racionalidade de um ser tão pequeno. Pense na seguinte situação: ela está em um ambiente com outras crianças e quer pegar o brinquedo da mão do colega, como seu desenvolvimento físico permite, ela vai lá e puxa dele e pronto, conseguiu o que queria, problema resolvido! Segundos depois de sua conquista dela é desfeita porque um adulto não a deixou com o brinquedo, naquele momento aquele problema é muito sério para ela, a criança não consegue entender porque aquele adulto fez essa coisa horrível, ela vai ficar com muita raiva, e na hora da conversa seria muito relevante dizer algo como “Eu entendo que você está com raiva, sei que você queria muito aquele brinquedo, mas você deve esperar o seu colega terminar de brincar, porque senão ele também ficará triste, não podemos tirar coisas das mãos dos outros”. É válido pensar no ponto de vista da criança, mostrar empatia com o problema dela além de só corrigir, não é “bobeira”, não para ela.
Os especialistas não recomendam que se recompense o bebê com prêmios quando houver bons comportamentos, por exemplo “Se você ficar quieto eu te dou um doce/brinquedo.” Não é uma boa associação dar coisas em troca, mas elogiar quando houver uma atitude positiva é sempre uma boa ideia.
Com diálogo, paciência e amor nas palavras passar pelo Terrible Two não será tão difícil assim.