Espaço Maker na Educação

O Espaço Maker tem ganhado cada vez mais destaque em grandes empresas, startups e instituições de ensino. Esse ambiente permite que qualquer pessoa possa criar, experimentar e compartilhar soluções, mesmo sem conhecimento prévio. Para isso o espaço maker oferece ferramentas digitais e tecnológicas, ou mesmo recursos mais tradicionais, como os de marcenaria.

Com base na Cultura Maker, o espaço maker é um convite ao  protagonismo de novas ideias e criações, permitindo o desenvolvimento de competências como criatividade, autonomia e empatia.

Mas você sabe o que é preciso para criar esse ambiente colaborativo e criativo?

Entendendo o Movimento Maker

Antes de falarmos da importância do Espaço Maker, é preciso entender um pouco mais sobre esse movimento. “Faça você mesmo” (Do It Yourself) é uma das nomenclaturas utilizadas quando nos referimos ao Movimento Maker.

O movimento foi creditado a Dale Dougherty, quando lançou a Make Magazine, em 2005. De lá para cá, a ideia de colocar a mão na massa para criar e fomentar soluções tomou como base os 10 princípios do Manifesto Maker.

O Manifesto Maker

  1. Faça: nada melhor do que fazer e criar algo que nos expresse. E isso é um motivo para nos sentirmos completos e felizes.
  2. Compartilhe: toda criação ou aprendizado deve ser compartilhado. É uma satisfação que todos percebem. Como não compartilhar isso?
  3. Presenteie: a sua criação conta um pouco de você. Então, por que não presentear alguém com o seu verdadeiro “eu”?
  4. Aprenda: aprender vai garantir uma existência produtiva e feliz. Então queira aprender, mesmo se você já for especialista ou experiente.
  5. Equipe-se: cada projeto exige ferramentas adequadas, que sejam baratas, acessíveis e fáceis de usar. Investir e desenvolver um acesso local vai te permitir fazer tudo o que planeja
  6. Divirta-se: veja seu projeto também como algo divertido. Isso vai te proporcionar novas descobertas e orgulho quanto ao que você faz.
  7. Participe: não deixe de ir a seminários, festas, eventos e outras atividades com adeptos do Movimento Maker!
  8. Apoie: todo projeto precisa de apoio emocional, intelectual, financeiro, político e institucional. Contribua para um mundo melhor.
  9. Mude: a mudança é um processo natural na criação de um projeto e você deve aceita-la. Isso vai te deixar mais conectado às coisas que você faz.
  10. Permita-se errar: é errar para aprender. Aproveite o erro para chegar à perfeição, mas não o transforme em medo de tentar novamente.

O Movimento Maker quer estimular a criação de novas soluções, ferramentas e até tecnologias, permitindo que cada um consiga explorar sua curiosidade, criatividade e confiança.

Mas o que é preciso para criar um Espaço Maker?

Além de ferramentas tradicionais e de marcenaria, como martelos e serrotes, o Espaço Maker pode contar também com uma série de outras tecnologias. Máquinas de fabricação digital, como impressoras 3D e cortadoras a laser, trazem mais possibilidades para o espaço. Assim como equipamentos para programação como “makey makey” e arduino, permitindo assim que os mais variados tipos de soluções possam ser criadas e prototipadas. Outros itens que podem ser considerados para um espaço mão na massa são:

  • Blocos de montar;
  • Ferro de solda;
  • Circuito integrado;
  • Prensa térmica;
  • Display LCD;
  • Kits como ScopaBits ou Little Bits;
  • Fresadora de precisão;
  • Cortadora de Vinil.

Mas o Espaço Maker vai além do espaço físico, sua aplicação pode ser voltada também a iniciativas pedagógicas. No contexto escolar, os makerspaces oferecem um espaço para que as ideias – boas, e as nem tão boas assim – desabrochem. Isso possibilita a experimentação e autoexpressão, o acertar e o errar, e assim, desperta nos alunos o espírito inventivo e atitude para colocar a mão na massa.

A influência do Espaço Maker na educação, como isso funciona?

Na Educação Mão na Massa é o estudante explora o que existe para além da sala de aula, realiza experiências e faz coisas no mundo real. A intenção é dar um propósito para além do conhecimento em si, pensando no que se pode articular e criar a partir dele.

Para que isso aconteça, o Espaço Maker desafia os estudantes a resolver e pensar sobre problemas que o cercam, como questões da própria escola ou da comunidade. “Ao entrar no laboratório maker o aluno sabe que tem regras, mas que ele também pode criar”.

Esse é um dos grandes benefícios do espaço maker, ser um espaço que desperta nos estudantes a vontade de criar suas próprias obras e invenções, onde ele poder ser o dono do processo de aprender e de fazer.

Nesse espaço, o estudante é o protagonista do processo de aprendizagem, e por isso, o professor recebe um novo papel e atua como facilitador. Nesse papel, ele orienta os alunos durantes as atividades, tirando dúvidas, trazendo perguntas, provocações e estímulos para que o processo seja mais rico.

Essa configuração pede uma avaliação de todo o processo percorrido pelo estudante, e não apenas do resultado do projeto ou atividade proposta. Dessa forma, o professor facilitador deve observar como os estudantes estão saindo durante as atividades e projetos, para que sejam instigantes e desafiadoras na dose certa. Se o desafio proposto for muito fácil, o estudante pode não aprender. Se for muito difícil, pode desistir e ficar desmotivado.

Espaço Maker: uma possibilidade real de reinvenção do contexto escolar

No Palmyra Tagliari acreditamos que os Espaços Makers têm o potencial de reinventar o contexto escolar e ser um difusor da Cultura de Inovação para o colégio como um todo. Nele, os alunos desenvolvem projetos interdisciplinares, alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para assim desenvolver competências para o século XXI.

Os estudantes poderão desenvolver diferentes competências e habilidades, como:

  1. pensamento crítico – criatividade –empatia – colaboração – autonomia

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